129 ANOS DA ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS

            Completa a Academia Cearense de Letras mais um ano de existência. São 129 anos de história, desde que fora fundada, no dia 15 de agosto de 1894, no salão nobre da Fênix Caixeiral. Desde 1989, o Palácio da Luz sedia a arcádia literária mais antiga do país e, de bom alvitre lembrar, a Academia Brasileira de Letras surgiria três anos depois, inclusive, tendo por fundadores, os cearenses Clóvis Beviláqua e Araripe Júnior.

            Para chegar ao seu formato atual, a Academia Cearense de Letras, é bom que se diga, passou por quatro fases. Primeiramente, quando se chamava apenas Academia Cearense (1894-1922), suas atividades culturais eram intensas, ocasião em que seus sócios apresentavam trabalhos científicos e literários, conforme registra o acadêmico José Murilo Martins, no livro “Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos.”

            No ano de 1922, Justiniano de Serpa e Leonardo Mota fizeram uma reorganização da Academia Cearense, que passou a se chamar Academia Cearense de Letras, agora, com 40 cadeiras e seus respectivos patronos. Foi nessa segunda fase (1922-1930) que Alba Valdez ingressou, tornando-se a primeira mulher a integrar o sodalício.

            Na terceira fase (1930-1951), outra reorganização ocorreu. Os acadêmicos passaram a ser membros vitalícios. Nesse período, alguns acadêmicos, a exemplo de Alba Valdez e Leonardo Mota, não foram convidados a fazer parte de seus quadros, sendo excluídos, dando-se o seu retorno, somente, no ano de 1951.

            Na quarta fase (1951 até os dias de hoje), houve um redimensionamento, com mudanças de cadeiras e de patronos, inclusive, com a feitura de um novo Estatuto, em 1952. Dolor Barreira fora escolhido presidente, enquanto que Tomás Pompeu Sobrinho era seu presidente de honra.

            Alba Valdez foi a primeira mulher a ingressar na ACL, portanto, a pioneira. De igual modo, Angela Gutiérrez, a primeira mulher presidente (2019-2020). E, seguindo o exemplo da acadêmica Celma Prata, por ocasião de seu discurso de posse, aproveito esse espaço para homenagear as mulheres que compuseram e que compõem a ACL.

Alba Valdez. Henriqueta Galeno. Cândida Galeno. Natércia Campos. Rachel de Queiroz. Noemi Elisa Aderaldo. Marly Vasconcelos. Beatriz Alcântara. Regine Limaverde. Angela Gutiérrez. Giselda Medeiros. Lourdinha Leite Barbosa. Révia Herculano. Laéria Fontenele. Celma Prata. Vera Moraes e, por fim, esta que vos escreve.

            Parabéns à Academia Cearense de Letras!

Grecianny Carvalho Cordeiro

Promotora de Justiça

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