CAPISTRANO DE ABREU

Grecianny Cordeiro

O Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico), sediado no Palacete Jeremias Arruda, no centro de Fortaleza, é o guardião das memórias do Ceará, com sua hemeroteca, a disponibilizar periódicos a partir do século XIX, dentre os quais, “A República” e o “O Cearense”;  com sua biblioteca de 39 mil títulos catalogados, relacionados à História, Geografia e Antropologia cearenses, além de contar com um acervo de obras raras. A Instituição, fundada que foi em 04.03.1887, com frequência, recebe visitas de vários pesquisadores, de diversas áreas do saber, que ali encontram o substrato necessário para suas pesquisas.

O Instituto do Ceará é, também, o guardião do acervo da Sociedade Capistrano de Abreu, fundada no Rio de Janeiro por amigos e admiradores do ilustre historiador, após seu falecimento, ocorrido em 13.08.1927. E, em suas dependências, é mantida a Sala Sociedade Capistrano de Abreu, contendo livros, manuscritos, correspondências, fotografias, busto… e outros objetos decorrentes do espólio de Capistrano de Abreu, sob a curadoria do sócio Eurípedes Chaves.

A Sociedade Capistrano de Abreu, sediada no Rio de Janeiro, aos poucos, foi diminuindo suas atividades, fadada ao desaparecimento, em especial, de seu rico material histórico, o que só não aconteceu em virtude dos esforços do biógrafo José Aurélio Saraiva Câmara, que transferiu sua sede para Fortaleza, mediante convênio firmado com a Universidade Federal do Ceará; esta, por sua vez, tempos depois, confiou a conservação e a manutenção do acervo ao Instituto do Ceará.

Por ocasião dos 170 anos de nascimento de Capistrano de Abreu (23.10.1853), filho de Jerônimo Honório de Abreu e Antônia Vieira de Abreu, natural de Maranguape, ]precisamente na fazenda Columinjuba, por iniciativa e esforços empreendidos pela ACLA – Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba, foi inaugurado o seu memorial e reconstruída a casa onde o historiador nasceu, momento em que o Instituto do Ceará prestou-lhe uma justa homenagem, tal como fizera no ano de 1951, ao construir um obelisco.

Capistrano de Abreu foi um exímio pesquisador do Brasil, tendo como principais obras: O Descobrimento do Brasil; Capítulos da História Colonial; Caminhos Antigos e Povoamentos no Brasil; Ensaios e Estudos: crítica e história. Nas palavras de Alceu Amoroso Lima, “foi o mais impessoal dos historiadores”, conforme registro de Eurípedes Chaves e Júlio Lima Verde.

Grecianny Carvalho Cordeiro

Promotora de Justiça e Escritora

 

 

 

 

 

 

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