O PLANETA PEDE SOCORRO

Acompanhando as últimas notícias, não há como não ficar apavorado com as oscilações climáticas no Planeta. Termômetros com temperatura subindo a níveis alarmantes para, em seguida, despencarem, com probabilidades de chuvas, tempestades e resfriamento. Logo depois, a temperatura volta a subir. E vem as gripes, as viroses, as alergias…

Em várias partes do mundo, guerras e conflitos armados. Mortes, destruição, tráfico de seres humanos, refugiados cruzando fronteiras em busca de um lugar seguro para morar.

Tráfico de drogas, facções. Criminalidade organizada, corrupção, desemprego, fome e desigualdade social.

Serras sendo destruídas (bem perto, temos Pacatuba e Maranguape) para construir prédios gigantescos, em cima de parques (conferir no parque do Cocó ) e na beira-mar, quando se sabe que haverá reflexos na natureza e na vida urbana sem que, necessariamente, isso represente progresso.

O verdadeiro retrato do caos. Talvez, nem mesmo Dante Alighieri, com seus nove infernos, tenha pensado em algo semelhante.

Esse mesmo ser humano, é o que se preocupa com fontes renováveis de energia, o hidrogênio verde; com a inteligência artificial para melhorar a vida das pessoas, em especial, na área da Medicina, com técnicas inovadoras. E o mesmo médico que irá aplicar tais técnicas sequer olhará para o paciente. Esse é apenas um exemplo, porque todas as profissões estão fadadas à mesma indiferença.

Porque o importante é fazer sucesso, bater metas para virem outras metas numa sucessão sem fim, porque nada nunca será o bastante. A quantidade de seguidores nas redes sociais são os termômetros para saber se alguém está indo bem ou não na vida… e por aí vamos nós.

O Planeta pede socorro e somos incapazes de ouvi-lo ou de nele reparar melhor para saber que muita coisa está errada e que é preciso, com urgência, melhorar. Logo!

Precisamos, é claro, cada um fazer sua parte, mas isso já não é mais suficiente. É preciso que quase todos façam a sua parte, senão ficará inviável, em especial, para as futuras gerações.

Todos estão surdos, como diz a letra da canção de Roberto Carlos: “Outro dia, um cabeludo falou: Não importam os motivos da guerra/A paz ainda é mais importante que eles.” E profetiza: “Um dia o ar se encheu de amor/ e em todo o seu esplendor as vozes cantaram/ seu canto ecoou pelos campos/ subiu as montanhas e chegou ao universo.”

Ouso dizer que todos estão cegos também, contudo, extremamente falantes.

Grecianny Carvalho Cordeiro

Promotora de Justiça e Escritora

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